quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

UPP- Unidade de Polícia Pacificadora

          Faz tempo que quero fazer este comentário.
          Hoje não tem como não conhecer as UPPs, instaladas nos territórios do Rio de Janeiro que antes eram dominados pelo crime organizado e foram recuperados pelo Estado. Então não vou chover no molhado.
          Unidadade de Polícia Pacificadora. Pomposo. Bonito. Chique, até.
          Como jogada de marketing, magistral. Afinal, embora pareça a descoberta da pólvora, a unidade não tem nada de novo. Nada mais é do que uma base de policiamento comunitário, já conhecida, reconhecida e aplicada no mundo inteiro.
          Seu grande mérito é romper com a política de segurança pública tradicional no Rio de Janeiro, de confronto, que pagava violência com violência, sempre mais do mesmo, incessantemente, sem levar a lugar algum, a não ser mais para o fundo do poço.
        Às vezes não é nada simples fazer o óbvio. E ali não era. Esse o grande mérito da UPP. E não é pouco, porque se trata de uma ruptura conceitual. Mesmo que problemas apareçam - e aparecerão, posso apostar - o principal muro foi derrubado.
        Enfim, quem sabe uma hora dessas eu possa aprofundar um pouco a análise das UPPs através de um "Meu Ponto de Vista", e trocarmos umas ideias mais amplas.
         Por enquanto, só quero dizer que neste momento, nesta postagem, meu objetivo é outro.
         O que venho adiando há tempo, mas não aguento mais, é questionar o nome da coisa.
         Sei, deu certo, é um enorme sucesso, case para estudo no mundo inteiro. O nome.
         Mas que é meio absurdo, lá isso não posso deixar de dizer que acho que é.
        
         AFINAL, ALGUÉM AÍ PODE ME DIZER, POR FAVOR, QUE OUTRA COISA PODE SER A POLÍCIA, A NÃO SER PACIFICADORA?

        Chamar uma polícia de pacificadora é redundância, porra! Será que ninguém percebeu isso?
        (Que tal uma base policial intitulada UPNP - Unidade de Polícia Não-Pacificadora? Se tem de um tipo é porque obrigatoriamente tem que ter de outro, não?)
        Alguém admite polícia com outra função?
        Qual?
        (Ei, não valem as distorções. Tá cheio de polícia fazendo coisas que passam longe da mais remota ideia de pacificação, concordo. Mas aí, o desafio é alguém me provar que alguma dessas coisas não seja um desvio de função, um erro, uma distorção, uma barbaridade).
        Se algum de vocês souber, ou souber de alguém que sabe, por favor, POR FAVOR, me digam. Sinceramente, se esse alguém tiver razão, conseguir vencer o desafio aí de cima, então eu vou ter que rever tudo o que estudei, vou ser obrigado a refazer todos os meus conceitos, vou ter que simplesmente dar meia-volta!
         Talvez tenha até mesmo que desistir dessa brincadeira, e, quem sabe, ir curtir a velhice pescando no Pantanal.
         Tálôco!
         Fui!
       

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