quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Greve nas polícias?

          Desculpem a ausência prolongada. Problemas de ordem particular e o feriadão de carnaval me mantiveram afastado deste espaço por uns dias.
          Volto para falar da insatisfação da polícia. Serei breve. Tenho recebido algumas críticas pela extensão dos meus textos. Dizem que internet é agilidade, que blog é instante, que o sucesso do twitter é 140 caracteres, etc. E que eu escrevo textos muito longos.
          Sei lá. Sempre escrevi muito. Esse sou eu. Vou me policiar (sem trocadilho).
          Em todo o Brasil, as polícias estão inquietas. Lutam por melhorias salariais. A greve na Bahia foi uma forte campainha de alarme, seguida por outras, menores, em outros pontos do País.
          No Paraná, ambas as corporações estão em alerta. Vigílias, manifestações, demonstrações e discursos se sucedem. A greve paira no ar. O que pensar?
          Minha opinião é conhecida. Ao contrário de muitos, entendo que a polícia não é o único elemento componente das políticas de segurança pública. Mas sei que é absolutamente essencial em qualquer delas.
          Por isso, estou inteiramente convencido de que o aprimoramento de uma não ocorrerá nunca sem o da outra.
          Quer dizer: é preciso melhorar a polícia. Sempre e cada vez mais.
          Isso só pode começar de uma forma: pela valorização dela. Pense: a profissão de policial, além de ser uma das mais importantes para a própria sobrevivência da sociedade como tal, é também uma das mais estressantes, porque expõe seu ocupante a risco de vida diário.
          É inimaginável exigir qualidade, desempenho e aperfeiçoamento constante, deste profissional, sem que previamente seja demonstrado a ele o reconhecimento dessas circunstâncias.
          A valorização profissional é, portanto, a pedra fundamental de tudo. Sem ela, nada se pode cobrar, nada se pode obter.
           E muito há a cobrar. Muito mesmo. Um verdadeiro oceano.
          Mas a verdade óbvia é que a valorização é o ponto de partida, e ela se inicia por uma remuneração digna, que faça jus à importância da função e ao desgaste ao qual ela expõe o ser humano que a desempenha. Ser humano esse que, por óbvio, encontra-se por trás de todo e qualquer policial. Uma pessoa, afinal, com suas forças e fraquezas, com família para sustentar, filhos para criar, desejos, aspirações, frustrações e planos de vida. Como todos nós.
          Estou falando de uma reação em cadeia. Sem uma remuneração decente para as polícias, muito dificilmente se poderá pensar em segurança pública de qualidade.
          Portanto, Governador, mãos à obra. E tratos à bola.

2 comentários:

  1. Parabens pelo BLOG.
    Blog é isso, é opinião é informação em primeira mão é polemica, chega de blogs que replicam informações dos portais gigantes.

    Convido a conhecer o MEU BLOG http://blogdoleonardocosta.blogspot.com/


    São José dos Pinhais carece de Blogueiros, com mais de 300 mil Habitantes a no máximo uns 10 Blogueiros.

    Abraços

    Leonardo Costa.

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    Respostas
    1. Obrigado, Leonardo, e seja bem-vindo.
      Já dei uma visitada no teu blog, e gostei bastante. Concordo com você, o blog deve ser um espaço de opinião, e é isso o que tenho procurado. Vou continuar tentando divulgar minhas ideias, e espero que você esteja por aí, acompanhando, debatendo, divergindo, contribuindo.
      Grande abraço.

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