sábado, 3 de março de 2012

Você sabia...

...que neste nosso imenso País de quase 200.000.000 (duzentas milhões) de pessoas (fonte: IBGE – Censo 2010), apenas 41 famílias controlam todos os meios de comunicação que realmente importam?
Não, não, você não leu errado não. Não são 41.000 famílias. Nem mesmo 410. São 41 mesmo. Qua-ren-ta e u-ma. Quatro dezenas e uma unidade.
Elas tem na mão todas as rádios, televisões (abertas e a cabo), jornais, revistas E portais da internet. Tudo. Pelo menos todos os maiores.
Não sabia? Não se preocupe. Eu também não. Fiquei sabendo ontem, sexta-feira, dia 02 de março, no final da tarde, em um debate que assisti na TV Câmara.
TV Câmara? TV CÂMARA?? Fala sério, meu! Quem é que assiste TV Câmara?
Pois é. Pois ééééé....
(Aliás, quem é que SABE que existe uma TV Câmara? Hã? Lá não passa nem novela, ora! Não tem enlatados com nome estrangeiro, nem Xuxa, nem Faustão, nem Gugu, nem Huck, nem desenho animado. Além do mais, é da Câmara Federal, e, portanto, está ligada aos – aaaaarrrgghhhh!!!!...  uuuuggghhh!!!! – políticos!).
Queria o que? Hein? Que uma informação dessas passasse na Globo?
Lá é que não vai mesmo.
Uma que eles estão muito ocupados com sua programação altamente intelectualizada, e não tem tempo a perder com bobagens. Quem, afinal, está interessado em debates?
Outra que não iriam dar uma bandeira dessas sobre eles próprios, né?
Mas o fato é que essa barbaridade está aí.
41 famílias dá o que? Umas 200, 300 pessoas? Pois é.
É essa meia dúzia que na prática dirige a cabeça de todo o povo.
Essa, minha gente, é a face mais visível e mais poderosa da nossa tão decantada “liberdade de expressão”.
Peralá. Não estou dizendo que devemos abrir mão dela. De modo algum. Até porque é o mais sólido pilar da democracia, e os grandes beneficiários da democracia somos nós, o povo.
Mas que está na hora de repensar essa questão, ah, isso está. Já passou, até. Mesmo porque, deste jeito em verdade democracia não é. Longe disso. Pelo menos no que diz respeito à comunicação. Trata-se, na prática, de oligarquia. Coisa muito distinta, oposta mesmo.
E logo em um dos setores mais estratégicos, mais delicados, mais estruturantes, mais nucleares da própria essência democrática!
              Então, todos à reflexão. Vamos acordar. É tempo!

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